Resultado da pesquisa (6)

Termo utilizado na pesquisa natural poisoning

#1 - Epidemiological aspects of natural poisoning by Prosopis juliflora in ruminants in semiarid areas of the state of Bahia, Brazil, invaded by the plant

Abstract in English:

Poisoning by Prosopis juliflora (mesquite) leads to neurological signs, cachexia and death, mainly in cattle and goats. Although the uncontrolled spread of mesquite in the Caatinga biome (biological invasion), which alters the epidemiological conditions of intoxication by this plant, has been proved for approximately 20 years, strategies for its control and prophylaxis still remain out of date. These new epidemiological conditions have allowed the uncontrolled consumption of large amounts of in natura mesquite pods by ruminants for long periods in invaded pastures, thus resulting in increased history of poisoning. This study aimed to describe the new epidemiological aspects of P. juliflora poisoning in cattle and goats, 78 years after the introduction of this plant in the country, with emphasis on its degree of invasion, and to update the control and prophylaxis measures of this intoxication and the mapping of areas of outbreak occurrence in the semiarid region of the state of Bahia, Brazil. Seven outbreaks of natural mesquite poisoning, two in goats (OB 1 and OB 2) and five in cattle (OB 3, OB 4, OB 5, OB 6, and OB 7), were studied in loco in the municipalities of Juazeiro, Iaçu, Tucano, Santa Teresinha, Barra do Mendes, Barra and Tabocas do Brejo Velho. In the studied outbreaks, clinical-epidemiological (OB 1 to OB 7) and histopathological (OB 1, OB 2, OB 3, and OB 5) findings were compatible with mesquite poisoning, and this was the first anatomopathological proof of poisoning by this plant in this state. In addition, in the state of Bahia, disease occurs in an area approximately three times larger than previously known. On the farms investigated, mesquite introduction occurred between 1980 and 2005, through the single planting of an average of 33 seedlings. Since then, propagation of this plant has occurred progressively, with gradual invasion of native pastures, which enabled the evaluation of plant spread (biological invasion) on these farms 15 (OB 2), 25 (OB 7), 30 (OB 5 and OB 6), 35 (OB 3) and 40 (OB 1 and OB 4) years after its introduction. Historical information on the introduction and spread of mesquite in the state of Bahia had never been analyzed. In 2020, a degree of mesquite invasion an average 59.57% was verified in the pastures of the seven farms where the outbreaks occurred. The great biological invasion capacity of this plant drew attention, especially in OB 5. The high degree of mesquite invasion observed (new epidemiological conditions) justifies the increased number of cases of poisoning observed in this study. Processing of P. juliflora pods (grinding) was not carried out on any farm (OB 1 to OB 7), and ruminants uncontrollably consumed large amounts of pods in natura for long periods in invaded pastures, which allowed massive dispersal of seeds through feces over decades. The main factors responsible for the gradual invasion of pastures by mesquite over time were absence of crop management plans (silvicultural treatments) and lack of knowledge by producers on disease etiology. Given the new epidemiological conditions, restriction of animal access to in natura pods in pastures and supply of mesquite bran are crucial for the control and prophylaxis of this poisoning, as consumption of in natura pods had a strong correlation with the high degree of invasion in the pastures where the seven outbreaks occurred. Additionally, although the commercialization of pods and exploitation of wood of mesquite trees can provide livestock farmers with extra income – being the correct management for areas invaded by this plant, such practice is either not yet known or not carried out technically or satisfactorily by farmers. In addition to being a threat to the Caatinga’s biodiversity, the increasing invasion of semiarid areas by mesquite 78 years after its introduction in the Northeast region of Brazil, is a risk for herds, since the occurrence of poisoning outbreaks may become more frequent. Therefore, it is highly advisable that effective measures be adopted to control P. juliflora propagation.

Abstract in Portuguese:

A intoxicação por Prosopis juliflora (algaroba) cursa com sinais neurológicos, caquexia e morte, principalmente em bovinos e caprinos. Embora a disseminação descontrolada da algaroba na Caatinga (invasão biológica) tenha sido comprovada há cerca de 20 anos, o que altera as condições epidemiológicas dessa intoxicação, as estratégias de controle e profilaxia permanecem desatualizadas. Essas novas condições epidemiológicas permitem o consumo descontrolado de grande quantidade de vagens in natura de algaroba, por longos períodos, nas pastagens invadidas, o que tem resultado em aumento dos históricos de intoxicação. Objetivou-se com esse estudo descrever os novos aspectos epidemiológicos da intoxicação por P. juliflora em bovinos e caprinos, 78 anos após a introdução da planta no país, com ênfase no grau de invasão da planta, bem como atualizar as medidas de controle e profilaxia dessa intoxicação e das áreas de ocorrência dos surtos no semiárido baiano. Foram estudados in loco sete surtos (S1 a S7) de intoxicação natural por algaroba, sendo dois em caprinos (S1 e S2) e cinco em bovinos (S3, S4, S5, S6 e S7) no semiárido baiano (Juazeiro, Iaçu, Tucano, Santa Teresinha, Barra do Mendes, Barra e Tabocas do Brejo Velho). Nos surtos estudados, os achados clínico-epidemiológicos (S1 a S7) e histopatológicos (S1, S2, S3 e S5) foram compatíveis com intoxicação por algaroba, sendo essa intoxicação comprovada, pela primeira vez, com exames anatomopatológicos na Bahia. Ademais, na Bahia a doença ocorre em uma área cerca de três vezes maior do que a, até então, conhecida. Nas fazendas estudadas a introdução da algaroba ocorreu entre 1980 e 2005, através do plantio único de, em média, 33 mudas. Desde então, a disseminação da planta ocorreu de forma progressiva, invadindo gradativamente as pastagens nativas, o que permitiu avaliar a disseminação da planta (invasão biológica) nessas fazendas cerca de 15 (S2), 25 (S7), 30 (S5 e S6), 35 (S3) e 40 (S1 e S4) anos, após sua introdução. Informações históricas acerca da introdução da algaroba e sua disseminação na Bahia nunca haviam sido estudadas. Em 2020, verificou-se que nas pastagens das sete fazendas onde os surtos ocorreram, o grau de invasão por algaroba alcançou, em média, 59,57%. Chamou a atenção a grande capacidade de invasão biológica da planta, sobretudo, no S5. O alto grau de invasão da algaroba observado (novas condições epidemiológicas) justificou o aumento dos casos de intoxicação verificados nesse estudo. O beneficiamento das vagens (moagem) não era realizado em nenhuma fazenda (S1 a S7) e os ruminantes consumiam de forma descontrolada (livre) grande quantidade de vagens in natura, por longos períodos, nas pastagens invadidas, o que possibilitou a dispersão massiva das sementes da planta pelas fezes ao longo das décadas. O que aliado à inexistência de um plano de manejo do cultivo (tratamentos silviculturais) e ao desconhecimento da etiologia da doença pelos produtores foram os principais fatores responsáveis pela invasão gradativa da planta nas pastagens, ao longo dos anos, o que justifica o aumento dos casos de intoxicação observados na Bahia. Frente às novas condições epidemiológicas, a restrição do acesso dos animais as vagens in natura nas pastagens e o fornecimento do farelo de algaroba são cruciais para o controle e profilaxia dessa intoxicação, pois o consumo das vagens in natura teve forte correlação com o alto grau de invasão das pastagens onde os sete surtos ocorreram. Adicionalmente, embora a comercialização das vagens e a exploração da madeira da algaroba possam proporcionar renda extra aos pecuaristas e serem boas formas de manejo de áreas invadidas por algaroba, tais práticas ainda não são conhecidas ou não são realizadas de forma técnica ou a contento. A crescente invasão da algaroba no semiárido, 78 anos após a sua introdução no Nordeste, além de ser uma ameaça à biodiversidade da Caatinga é um risco para os rebanhos, visto que, a ocorrência de surtos de intoxicação podem se tornar mais frequentes. Desta maneira alerta-se para adoção de medidas efetivas de controle da propagação descontrolada da algaroba.


#2 - Evaluation of resistance to natural poisoning by Amorimia septentrionalis in goats which had received sodium monofluoroacetate degrading bacteria, 38(10):1913-1917

Abstract in English:

ABSTRACT.- Pessoa D.A.N., Silva L.C.A., Mendonça F.S., Almeida V.M., Lopes J.R.G., Albuquerque L.G., Silva A.A. & Riet-Correa F. Evaluation of resistance to natural poisoning by Amorimia septentrionalis in goats which had received sodium monofluoroacetate degrading bacteria. [Avaliação da resistência à intoxicação natural por Amorimia septentrionalis em caprinos que receberam bactérias degradadoras de monofluoroacetato de sódio.] Pesquisa Veterinária Brasileira 38(10):1913-1917. Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Avenida Universitária s/n, Bairro Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: danipessoavet14@gmail.com Amorimia septentrionalis is an important sodium monofluoroacetate (MFA) containing plant that causes sudden death in ruminants in northeastern Brazil. MFA degrading bacteria are being used in the prevention against poisoning by this plant. The aim of this study was to evaluate if goats which had per os received MFA degrading bacteria remained resistant when exposed to natural poisoning by A. septentrionalis. Eighteen goats were randomly distributed into three groups: the goats of Group 1 previously received, during 40 days, a solution containing the bacteria Ralstonia sp. and Burkholderia sp., those goats in the Group 2 received the bacteria Paenibacillus sp. and Cupriavidus sp. and goats from Group 3 did not receive any bacteria. After the administration period, during 60 days, the animals of all groups were released to graze on a one hectare paddock, with significant amount of A. septentrionalis. They were observed daily for the spontaneous consumption of A. septentrionalis leaves and the occurrence of clinical signs of poisoning or sudden death. Goats from all groups consumed significant amounts of A. septentrionalis during the experimental period. Goats that did not receive MFA-degrading bacteria (Group 3) became sick and died from the 25th to the 27th day of the experiment, whereas the goats of the groups that received MFA&#8209;degrading bacteria showed only clinical sings when A. septentrionalis regrowth after the 55th day of the experiment. The days elapsed from field observation to death of Group 3 goats (25.5±0.9 days) were significantly lower (p<0.05) than Group 1 (58.6±1.3 days) and Group 2 (57.8±1.5 days). Thus, it can be concluded that administration of MFA degrading bacteria increases the resistance to natural poisoning by A. septentrionalis.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Pessoa D.A.N., Silva L.C.A., Mendonça F.S., Almeida V.M., Lopes J.R.G., Albuquerque L.G., Silva A.A. & Riet-Correa F. Evaluation of resistance to natural poisoning by Amorimia septentrionalis in goats which had received sodium monofluoroacetate degrading bacteria. [Avaliação da resistência à intoxicação natural por Amorimia septentrionalis em caprinos que receberam bactérias degradadoras de monofluoroacetato de sódio.] Pesquisa Veterinária Brasileira 38(10):1913-1917. Unidade Acadêmica de Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Avenida Universitária s/n, Bairro Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: danipessoavet14@gmail.com Amorimia septentrionalis que contém monofluoroacetato de sódio (MFA) é responsável pela ocorrência de mortes súbitas em ruminantes no nordeste do Brasil. Bactérias degradadoras desse composto estão sendo utilizadas na prevenção contra a intoxicação por essa planta. O objetivo deste estudo foi avaliar se caprinos que receberam, via oral, bactérias degradadoras de MFA permaneciam resistentes quando expostos a intoxicação natural por A. septentrionalis. Dezoito caprinos foram divididos em três grupos, os caprinos do Grupo 1 receberam anteriormente, durante 40 dias, uma solução contendo as bactérias Ralstonia sp. e Burkholderia sp., os do Grupo 2 receberam, também por 40 dias as bactérias Paenibacillus sp. e Cupriavidus sp. e os do Grupo 3 não receberam nenhuma bactéria. Após o período de administração, durante 60 dias, os animais de todos os grupos foram soltos para pastar em um piquete de um hectare, que apresentava uma quantidade significativa da planta. Diariamente eles foram observados quanto ao consumo espontâneo das folhas de A. septentrionalis e quanto à presença de sinais clínicos de intoxicação ou morte. Os caprinos de todos os grupos consumiram quantidades significantes da planta durante o período experimental. Os caprinos que não receberam as bactérias degradantes de MFA (Grupo 3) adoeceram e morreram entre o 25º e o 27º dia de experimento, enquanto que os que receberam as bactérias degradantes de MFA (Grupo 1 e 2) só apresentaram sinais clínicos no 55º dia de experimento, o que coincidiu com a rebrota da planta. Os dias transcorridos desde a observação a campo até a morte dos caprinos do Grupo 3 (25,5±0,9 dias) foram significativamente menores (p<0,05) que os do Grupo 1 (58,6±1,3 dias) e do Grupo 2 (57,8±1,5 dias). Com isso pode-se concluir que a administração de bactérias degradadoras de MFA aumenta à resistência a intoxicação natural por A. septentrionalis.


#3 - Natural poisoning by Senecio brasiliensis in horses, 37(4):313-318

Abstract in English:

ABSTRACT.- Panziera W., Bianchi R.M., Mazaro R.D., Giaretta P.R., Silva G.B., Silva D.R.P. & Fighera R.A. 2017. [Natural poisoning by Senecio brasiliensis in horses.] Intoxicação natural por Senecio brasiliensis em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(4):313-318. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Av. Roraima 1000, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: weldenpanziera@yahoo.com.br Poisoning due to plants of the genus Senecio is considered an important cause of death in livestock. Senecio brasiliensis is the most common species involved in spontaneous cases. This paper describes the epidemiological, clinical and pathological aspects of a natural outbreak of intoxication with Senecio brasiliensis affecting two out of eighteen horses in a farm. The cases occurred in the municipality of Sao Martinho da Serra, Rio Grande do Sul State, Southern Brazil. A large amount of Senecio brasiliensis in its sprouting stage was found in the fields where the horses used to be kept. A four-year-old, Crioulo mare and a five-month-old, male, Crioulo foal were affected. The clinical course was acute in the mare, comprising three days and chronic in the foal, lasting for two months. The main clinical signs in both animals included apathy, anorexia, weight loss, dehydration and neurological signs. Moreover, subcutaneous edema was noted in the ventral abdomen and the mucous membranes were icteric in the mare and pale in the foal. The serum biochemistry in the foal showed hypoalbuminemia (2.1g/dL), increased activity of the serum alkaline phosphatase (434 U/L) and gamma glutamyl transferase (119 U/L). In the hemogram, a mild normocytic normochromic anemia was noted in the foal (Hct: 30%; MCV: 39.5 fL; MCH: 15.3pg). Necropsy findings observed in both horses included an enlarged, dark red and firm liver with extensive areas of hemorrhage and enhanced lobular pattern on cut surface. Histologically, the liver showed variable degrees of fibrosis, coagulative necrosis, biliary ducts hyperplasia, megalocytosis and cholestasis. In the brain, the astrocytes in the cerebrum were degenerated and similar to Alzheimer type II astrocytes. The diagnosis in this outbreak was established based on the epidemiology, clinical picture, gross and histologic findings. It is noteworthy that the coagulative necrosis, minimal fibrosis, and biliary duct hyperplasia observed in the mare are characteristic of a subacute presentation. On the other hand, the fibrosis that was more prominent in the foal characterizes a chronic hepatopathy.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Panziera W., Bianchi R.M., Mazaro R.D., Giaretta P.R., Silva G.B., Silva D.R.P. & Fighera R.A. 2017. [Natural poisoning by Senecio brasiliensis in horses.] Intoxicação natural por Senecio brasiliensis em equinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(4):313-318. Departamento de Patologia, Universidade Federal de Santa Maria, Av. Roraima 1000, Santa Maria, RS 97105-900, Brazil. E-mail: weldenpanziera@yahoo.com.br ntoxicações por plantas do gênero Senecio representam uma importante causa de morte em animais de produção, sendo Senecio brasiliensis a espécie mais envolvida nos casos de intoxicação espontânea. Nesse trabalho, são descritos os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de um surto de intoxicação natural por Senecio brasiliensis em equinos. Dois equinos, de um total de dezoito, foram afetados. Os casos ocorreram em uma propriedade rural no município de São Martinho da Serra, Rio Grande do Sul, Brasil. Grande quantidade de exemplares de Senecio brasiliensis em estágio de brotação foi encontrada na área onde os equinos estavam. Os animais eram da raça Crioula, sendo uma égua com quatro anos e um potro com cinco meses. A égua apresentou evolução aguda da doença com duração de três dias e o potro evolução crônica de dois meses. As principais manifestações clínicas observadas em ambos os equinos incluíam apatia, anorexia, emagrecimento, desidratação e sinais neurológicos. Além disso, havia moderado edema subcutâneo na região ventral do abdômen e marcada icterícia nas mucosas ocular, oral e vulvar da égua e palidez das mucosas no potro. Na avaliação bioquímica do potro, havia acentuado aumento da atividade sérica da gamaglutamil transferase (119 U/L), aumento da fosfatase alcalina (434 U/L) e hipoalbuminemia (2,1g/dL). No hemograma do mesmo, observou-se leve anemia normocítica e normocrômica (30% de hematócrito; VCM: 39,5 fL; HCM: 15,3pg). As alterações presentes em ambas as necropsias foram observadas principalmente no fígado, que estava difusamente aumentado de tamanho, escuro e firme. Na superfície de corte, observaram-se acentuação do padrão lobular e hemorragia. Histologicamente, no fígado dos equinos, havia graus variados de necrose coagulativa, hemorragia, fibrose, proliferação de ductos biliares, hepatomegalocitose e bilestase. Nas diferentes seções analisadas do encéfalo, havia alterações astrocitárias restritas à substância cinzenta, predominantemente, no córtex telencefálico. Os astrócitos degenerados eram similares aos astrócitos de Alzheimer tipo II. O diagnóstico da intoxicação nesses casos foi baseado na epidemiologia, no quadro clínico, nas lesões de necropsia e nos achados histopatológicos. Cabe ressaltar que a necrose de coagulação e a discreta fibrose e proliferação de ductos biliares observados na égua, constituiu uma apresentação subaguda da intoxicação, enquanto que a fibrose, mais predominante no potro, caracterizou uma hepatopatia crônica.


#4 - Natural poisoning by Baccharis megapotamica var. weirii in goats, 35(4):360-364

Abstract in English:

ABSTRACT.- Panziera W., Gonçalves M.A., Lorenzett M.P., Damboriarena P., Argenta F.F., Laisse C.J.M., Pavarini S.P. & Driemeier D. 2015. [Natural poisoning by Baccharis megapotamica var. weirii in goats.] Intoxicação natural por Baccharis megapotamica var. weirii em caprinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(4):360-364. Setor de Patologia Veterinária, Departamento de Patologia Clínica Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: davetpat@ufrgs.br Poisoning by the toxic species of Baccharis is an important cause of death in farm animals. Baccharis coridifolia and Baccharis megapotamica are the most common and most important of this genus. Epidemiological, clinical and pathological aspects of a natural outbreak of intoxication by Baccharis megapotamica var. weirii are described in goats. Eleven young goats from a herd of 152 goats were affected by an acute fatal disease. The cases occurred in a small farm in the municipality of Viamão, State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. Large patches of blooming Baccharis megapotamica var. weirii were observed in the pastures where the goats were held, especially in wet and flooded spots. Affected goats were between six months to one year old and all showed signs including apathy, anorexia, weakness, diarrhea, dehydration, abdominal pain, bloat, decubitus and death. The clinical course was 12-24 hours. Three out of the eleven goats dead from the toxicosis were necropsied. Changes present in all necropsied goats included dehydration, liquid contents in the rumen, reddening, erosions and ulcers in the mucosae of the forestomachs, abomasum, and intestine. One goat had marked hemorrhage of mesenteric lymph nodes. Histological lesions of all animals included hyperemia as well as degenerative, necrotic, and ulcerative changes in the epithelial lining of rumen, reticulum, and omasum. Mucosae of the abomasum and of some sections of small and large intestines were also affected. Necrosis of lymphoid tissue was observed in mesenteric lymph nodes and in the lymphoid aggregates in intestine and in the follicles of spleen.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Panziera W., Gonçalves M.A., Lorenzett M.P., Damboriarena P., Argenta F.F., Laisse C.J.M., Pavarini S.P. & Driemeier D. 2015. [Natural poisoning by Baccharis megapotamica var. weirii in goats.] Intoxicação natural por Baccharis megapotamica var. weirii em caprinos. Pesquisa Veterinária Brasileira 35(4):360-364. Setor de Patologia Veterinária, Departamento de Patologia Clínica Veterinária, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves 9090, Porto Alegre, RS 91540-000, Brazil. E-mail: davetpat@ufrgs.br Intoxicações por plantas do gênero Baccharis representam uma importante causa de morte em animais de produção. Baccharis coridifolia e Baccharis megapotamica são as espécies mais comuns e importantes. Nesse trabalho, são descritos os aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos de um surto de intoxicação natural por Baccharis megapotamica var. weirii em caprinos. Onze caprinos jovens, de um total de 152, foram afetados por uma doença aguda fatal. Os casos ocorreram em uma pequena propriedade rural no município de Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil. Grande quantidade de exemplares de Baccharis megapotamica var. weirii em estágio de floração, foram encontrados onde os caprinos estavam. As plantas cresceram em áreas úmidas e alagadas. Os caprinos afetados tinham entre seis meses a um ano de idade e todos apresentaram sinais clínicos caracterizados por apatia, anorexia, prostração, diarreia, desidratação, desconforto abdominal, timpanismo, decúbito e morte. O curso clínico variou aproximadamente de 12 a 24 horas. Dos onze caprinos acometidos, três foram necropsiados. As alterações presentes em todas as necropsias incluíam desidratação, conteúdo líquido no rúmen, avermelhamento, erosões e úlceras da mucosa dos pré-estômagos, e avermelhamento na mucosa do abomaso e intestino. Um dos caprinos apresentou marcada hemorragia dos linfonodos mesentéricos. As lesões histológicas de todos os caprinos necropsiados incluíam hiperemia, hemorragia, alterações degenerativas, necróticas e ulcerativas variadas no revestimento epitelial do rúmen, retículo e omaso, e na mucosa do abomaso e de alguns segmentos do intestino delgado. Necrose do tecido linfoide foi observada em linfonodos mesentéricos e em agregados linfoides no intestino e folículos do baço.


#5 - Natural poisoning by Ipomoea asarifolia (Convolvulaceae) in buffaloes on the Marajó Island, Pará, Brazil, 32(9):869-871

Abstract in English:

ABSTRACT.- Barbosa J.D., Tokarnia C.H., Albernaz T.T., Oliveira C.M.C., Silva N.S., Silveira J.A.S., Belo Reis A.S. & Lima D.H.S. 2012. [Natural poisoning by Ipomoea asarifolia (Convolvulaceae) in buffaloes on the Marajó Island, Pará, Brazil.] Intoxicação natural por Ipomoea asarifolia (Convolvulaceae) em búfalos na Ilha de Marajó, Pará. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):869-871. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, Campus Castanhal, Rua Maximino Porpino 1000, Castanhal, PA 68743-080, Brazil. E-mail: diomedes.barbosa.neto@gmail.com Epidemiological aspects and clinical signs of natural poisoning by Ipomoea asarifolia in buffaloes are described. The poisoning was diagnosed in four buffaloes on three different farms, in the County of Cachoeira do Arari, Marajó Island, Pará, and occurred in November-December, a period of drought and severe pasture shortage. The clinical signs were of the central nervous system, as unsteady gait, hypermetria, severe muscular tremors, falling down in unusual positions, nystagmus and marked excitement, signs that turned more severe after movement. Based on the epidemic aspects, clinical signs and absence of histopatological changes, poisoning by Ipomoea asarifolia was diagnosed.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Barbosa J.D., Tokarnia C.H., Albernaz T.T., Oliveira C.M.C., Silva N.S., Silveira J.A.S., Belo Reis A.S. & Lima D.H.S. 2012. [Natural poisoning by Ipomoea asarifolia (Convolvulaceae) in buffaloes on the Marajó Island, Pará, Brazil.] Intoxicação natural por Ipomoea asarifolia (Convolvulaceae) em búfalos na Ilha de Marajó, Pará. Pesquisa Veterinária Brasileira 32(9):869-871. Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará, Campus Castanhal, Rua Maximino Porpino 1000, Castanhal, PA 68743-080, Brazil. E-mail: diomedes.barbosa.neto@gmail.com Descrevem-se os aspectos epidemiológicos e os sinais clínicos dos primeiros casos de intoxicação natural por Ipomoea asarifolia em búfalos. A doença foi diagnosticada em quatro bubalinos de três diferentes propriedades, no município de Cachoeira do Arari, Ilha de Marajó, PA, e ocorreu nos meses de novembro e dezembro, o período mais seco do ano nesta região e de escassez de alimento. Os sinais clínicos observados foram relacionados ao sistema nervoso central, como andar trôpego, hipermetria, acentuados tremores musculares, queda ao solo em posições incomuns, nistagmo e marcada excitação, sinais que se agravavam após movimentação. Baseado nos aspectos epidemiológicos, sinais clínicos e na ausência de leões histopatológicas, concluiu se tratar de intoxicação por Ipomoea asarifolia.


#6 - Natural poisoning by Solanum glaucophyllum (Solanaceae) in buffaloes in the Brazilian Pantanal, 319120;1053-1058

Abstract in English:

ABSTRACT.- Santos C.E.P., Pescador C.A., Ubiali D.G., Colodel E.M., Souza M.A., Silva J.A., Canola J.C. & Marques L.C. 2011. [Natural poisoning by Solanum glaucophyllum (Solanaceae) in buffaloes in the Brazilian Pantanal.] Intoxicação natural por Solanum glaucophyllum (Solanaceae) em búfalos no Pantanal Matogrossense. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(12):1053-1058. Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa 2367, Boa Esperança, Cuiabá, MT 78060-900, Brazil. E-mail: carloseduardo@ufmt.br This report describes the occurrence of enzootic calcinosis in buffaloes in the municipality of Pocone, Mato Grosso, due to the consumption of Solanum glaucophyllum (Sg) [=Solanum malacoxylon]. The cases were observed in the years 2007 and 2009. In a herd of 40 buffaloes, five showed weight loss, arched back, stiff gait, sometimes difficulty to raise and walk, and leaning on the carpus. Three buffaloes recovered partially and two were euthanized in extremis. The main necropsy findings were calcification of soft tissues, especially of large and medium arteries. The presence of S. glaucophyllum in the pasture, clinical signs, in addition to the sonographic and pathologic calcification involving tendons and other tissues, are consistent with Solanum glaucophyllum poisoning.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Santos C.E.P., Pescador C.A., Ubiali D.G., Colodel E.M., Souza M.A., Silva J.A., Canola J.C. & Marques L.C. 2011. [Natural poisoning by Solanum glaucophyllum (Solanaceae) in buffaloes in the Brazilian Pantanal.] Intoxicação natural por Solanum glaucophyllum (Solanaceae) em búfalos no Pantanal Matogrossense. Pesquisa Veterinária Brasileira 31(12):1053-1058. Departamento de Clínica Médica Veterinária, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal de Mato Grosso, Av. Fernando Correa da Costa 2367, Boa Esperança, Cuiabá, MT 78060-900, Brazil. E-mail: carloseduardo@ufmt.br Descreve-se a ocorrência de calcinose enzoótica em búfalos no município de Poconé, Mato Grosso, associado ao consumo de Solanum glaucophyllum (Sg) [=Solanum malacoxylon]. Os casos foram observados entre os anos de 2007 e 2009. Em um rebanho de 40 búfalos, cinco apresentaram emagrecimento progressivo, dorso arqueado, marcha rígida, por vezes com dificuldade para se levantar e locomover, permanecendo apoiando sobre os carpos.Três animais recuperaram-se parcialmente e dois foram eutanasiados in extremis. Os principais achados de necropsia foram calcificação de tecidos moles, principalmente em artérias de grande e médio calibres. A presença de S. glaucophyllum nas pastagens, os sinais clínicos, além dos achados ultrassonográficos e patológicos envolvendo múltiplas calcificações de tendões e outros tecidos, são compatíveis com intoxicação por Solanum glaucophyllum.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV